quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

FDDA CURITIBA E REGIÃO AVALIA 2016: UMA AVALIAÇÃO E PRESTAÇÃO DE CONTAS DE SUAS ATIVIDADES



O Fórum de Defesa dos Direitos dos Animais de Curitiba e Região, coletivo criado em 2005, é composto por ativistas, movimentos e organizações de defesa dos direitos animais tanto de Curitiba, como de outros municípios vizinhos que queiram participar.
Atualmente, fazem parte Curitiba, Matinhos e Pinhais, com articulações também com Ponta Grossa, atuação em São José dos Pinhais e diálogos dos demais Municípios Paranaenses.
Também articula-se nacionalmente com demais organizações e com o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal – FNPDA, bem como demais instituições e órgãos de interesse para os animais.
Todos os ativistas interessados e simpatizante à causa são acolhidos pelo FDDA.
Todas as reuniões mensais do calendários anual foram convocadas e em dez tivemos quórum. Realizamos também reuniões extraordinárias e a coordenação exercida pela organização Movimento SOSBICHO de Proteção Animal reuniu-se quinzenalmente para tratar dos assuntos de pauta ou de decisões tomadas nas reuniões.

Além destas reuniões, grupos de participantes do FDDA reuniram-se com o Executivo Estadual e Municipal para cobrar e tratar das políticas públicas, e com parlamentares estaduais e municipais para a discussão de projetos de leis, orçamentos e emendas parlamentares, bem como com os candidatos do segundo turno das eleições municipais, para que estes se comprometessem com a Plataforma Mínima pelos Direitos dos Animais de Curitiba, o que ocorreu. Há este compromisso do Prefeito Eleito Rafael Greca com a nossa Plataforma amplamente divulgada, instrumento de qual a sociedade pode se utilizar para cobrar as políticas para os animais. http://fddacuritiba.blogspot.com.br/



Também foram encaminhadas representações e pedidos de Ação Civil Pública junto à Promotoria de Meio Ambiente do Paraná, relacionadas a transgressão da Lei 12.467/2007 que proíbe a utilização de animais em circos e espetáculos assemelhados em Curitiba, em face do anúncio de realização de Rodeios em território curitibano. Os eventos não se realizaram pois a Prefeitura de Curitiba agiu prontamente na demanda.

Eventos não ocorreram !
MP acolhe representação e Prefeitura de Curitiba faz sua parte: fiscaliza!

Encaminhados Ofícios ao Executivo Municipal solicitando fiscalizações e atuações em situações de maus tratos a animais, bem como nos casos de anúncios de Rodeios e para a garantia de vida no caso dos animais localizados em áreas de preservação ambiental e em áreas degradadas.

Promovemos representação ao MP no caso da “Cadela Polaca”, morta a tiros por Policiais Militares no mau exercício de suas funções, exemplo clássico do Estado contra entes que deveria proteger, e não matar! FDDA Curitiba participou de manifestação contra o ato praticado e acompanha o inquérito em andamento.

Representação ao Ministério Público

Também apresentamos representação na Promotoria de Justiça contra a realização de Rodeios em São José dos Pinhais, Município a quem havíamos há poucos meses apresentado argumentações e vasto arrazoado contra a alteração da Lei Municipal que proibia a realização de espetáculos com animais, que passou a autorizar a realização de Rodeios. Apresentamos também Moções de Repúdio aos Vereadores e Prefeito. O evento se realizou pois a Procuradoria de Justiça não acolheu nossa representação.

Perdemos esta ação ! o evento aconteceu !

O FNPDA apresentou representação contra a realização de provas de RODEIOS em Prudentópolis – PR e a demanda foi acolhida pelo Promotor de Justiça e proibida e o Juiz proibiu a realização das provas! Bingo!

A partir destes resultados concluímos que sim: devemos continuar com as representações para criar um ambiente desfavorável à realização dos eventos com a exploração de animais: basta que a demanda caia em terreno fértil!

Apresentamos representação no Ministério Publico para abertura de inquérito para se apurar a morte de cavalos em competição no Jóckey Clube do Paraná - Curitiba. Ainda em andamento.




Solicitamos Pareceres Técnicos ao Laboratório de Bem Estar Animal da Universidade Federal do Paraná e à empresa Vivendi Estudos e Ações Ambientais (Belo Horizonte-MG), relacionados ao Manejo Populacional de cães e gatos e a respeito das técnicas mais eficazes e adequadas para o controle ético de animais no âmbito público. Tal demanda se deu em face a notícias de que o controle populacional de cães “de rua” em Município da RMC estariam sendo cobaias em testes de efetividade da técnica de “esterilização química”.
As Notas Técnicas que não recomendaram o uso da esterilização química, foram amplamente divulgadas e surtiram o efeito desejado. Não se tem mais notícias e outras iniciativas.
Município de Contenda - PR anuncia seu programa-teste de esterilização química.

Criado Grupo e Trabalho para estudar o tema da proibição dos fogos de artifícios. Encaminhamos ao Prefeito Municipal Ofício circunstanciado e amplamente justificado solicitando a proibição de fogos de artifícios nos eventos públicos, de forma a consolidar a prática já adotada pela gestão que se encerra neste ano. O Prefeito eleito se comprometeu com a proibição dos fogos de artifícios com estampido.




Foram feitas articulações nacionais solicitando apoios nos casos de Rodeios, bem como na Plataforma de Curitiba. Obtidos os apoios.

Também dialogou o FDDA Curitiba com seus participantes do Município e Matinhos, Município do Litoral Paranaense, com relação à proibição da tração animal, que é um dos maiores problemas na exploração animal em todo o Brasil.


Tal proibição ocorrida em Curitiba ao final de 2015, exercerá o efeito dominó esperado.

Entidades e ativistas reunidos com Deputados Rasca Rorigues: PL para alterar Código Estadual de Proteção Animal

Em andamento o Projeto de Lei que proíbe no território paranaense o uso da tração animal na área urbana de municípios que tenham quantidade expressiva de habitantes humanos, número ainda a ser definido. Nossa proposta foi de 20.000.



Também se busca com os ativistas do Litoral Paranaense a proibição das provas de Rodeios que ocorrem completamente fora da legalidade. Busca-se apoios da área de Segurança Pública, Meio Ambiente, Saúde, entre outros, bem como nos Executivos Municipais. Há pouca ressonância.

Nos reunimos com ativistas de organização do Município de Ponta Grossa na troca de experiências para a construção coletiva de políticas públicas para os animais. Futuro comum!


Grupo Fauna de Ponta Grossa - PR em reunião com FDDA Curitiba e Região em evento da SVB


Também atuamos juntos ao Fórum da Agenda 21 Paraná para a construção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável como instrumento prioritário do planejamento de políticas públicas, planos e programas de desenvolvimento do Estado do Paraná, no qual o Movimento SOSBICHO faz parte do GT Direitos Humanos e de Todas as Formas de Vida, onde leva as demandas do FDDA Curitiba e Região.



Também estivemos presentes em eventos: Congressos, Simpósios, encontros, conferências, palestras, consultas e audiências públicas, mostras de cinema, encontros, manifestações e atos públicos, tratando da defesa dos direitos dos animais em suas mais diversas nuances: pela ética, pela saúde, pela sustentabilidade ambiental, pela boa convivência, por políticas públicas, etc., sempre nos apresentando como Membros do FDDA Curitiba e Região.

Acompanhamos votações de projetos na Assembleia Legislativa do Paraná.


No Vegfest - SVB - Curitiba PR

Em evento Vegano
  
No que tange exclusivamente à avaliação da gestão municipal do Município de Curitiba, é necessário retomar a história.

O Prefeito Gustavo Fruet acatou uma boa parte das propostas do FDDA para as Eleições Municipais de 2012 (Mandato 2013-2016).
No entanto, durante os dois primeiros anos de mandato, ou um pouco mais, por erro na escolha dos gestores da política para os animais, houve uma resistência em acatar o conjunto das reivindicações do Movimento de Proteção Animal. Especialmente no que diz respeito ao volume de demandas, por exemplo: necessidade de esterilização de pelo menos 10% ao ano do total de cães e gatos no Município e de uma ação mais decisiva no combate ao comércio e aos maus tratos aos animais, ações educativas massificadas de guarda responsável de animais. As ações para a formulação de uma política consistente e eficaz só aconteceu com muito esforço do movimento através de abaixo assinados, movimentos de rua que possibilitou o restabelecimento do diálogo com a administração. A mudança do gestor da Rede de Proteção Animal foi importante para o estabelecimento de uma nova linha de trabalho calcada nas demandas e reivindicações propostas pelo FDDA.

1 - Política de Manejo Populacional de Cães e Gatos (castração):


Iniaciamos a jornada: muito a fazer!

A Prefeitura implantou um programa através da contratação de serviços, focada em atendimento a animais de cidadãos inscritos em programas sociais e ou intermediados por protetores de animais, oportunizando a castração de animais que vivem em situação de rua ou em situação de carência e risco.
O quantitativo definitivo de animais ainda não foi divulgado, no entanto há que se considerar que o programa chegou a locais de extrema vulnerabilidade social, propiciando não apenas o atendimento aos animais, mas sobretudo, trazendo a mudança de cultura do respeito aos animais e comprometimento e vinculação de seus tutores.
No ano de 2016 foram esterilizados mais de 7.000 cães e gatos, segundo a Prefeitura, um número muito aquém do necessário para o efetivo controle do crescimento populacional, no entanto, um bom começo para uma cidade que não tinha este tipo de serviço.
Espera-se que nos próximos anos esta seja uma política permanente e que seja ampliada e acompanhada de uma política educativa para a população e não apenas no contato circunstancial do atendimento do animal, embora este possa também trazer excelentes resultados, como tem demonstrado algumas experiências de políticas públicas que acreditam na educação-ação.
Não podemos considerar a implantação e execução do programa de castração da Prefeitura de Curitiba como satisfatório pois trata-se de um programa e não de uma política pública efetiva. Não há garantias legais, não há garantia orçamentária, não há garantia administrativa e estrutural.
Estamos longe ainda da implantação de uma política pública de manejo populacional de cães e gatos no Município.
Destaca-se aqui o fato de que o programa de castração foi realizado com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente e não com recursos orçamentários previstos para esta política.
A implantação de uma política requer previsão orçamentária na LOA -  Lei Orçamentária Anual do Município e na LDO -  Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovadas pela Câmara de Vereadores.

2 – Proibição da Tração Animal:


Esta sem dúvida é uma grande vitória para os animais e para o movimento de defesa dos animais de Curitiba. A Lei Nº 14.741 aprovada em   outubro de 2015, não ocorreu sem uma grande luta do movimento de Defesa dos Direitos Animais. Foram anos de reivindicação para o fim da escravidão dos animais para tração. Foi decisiva a participação do FDDA Curitiba e Região para a formulação do Projeto de Lei aprovado pela Câmara.
Esta é uma conquista dos cidadãos de Curitiba, que assinaram abaixo-assinado, reconheceram e apoiaram a justeza da reivindicação e isto se configura no fato de que em muito pouco tempo a lei foi cumprida, configurando a mudança de cultura. Não há mais carroças na cidade de Curitiba. No entanto, há que se atuar no entorno de Curitiba, pois estes municípios, por certo recepcionaram muito animais ou estes animais (não se tem controle sobre o números; não se conhece o universo) retornaram às suas bases.
Em Curitiba, a Rede de Proteção Animal informar que foram colocados em adoção pouco mais de 60 cavalos.

3- Educação para a Guarda Responsável e para o respeito a todas as formas de vida:

Muito pouco ou quase nada avançou. A Secretaria de Educação se mostrou resistente a qualquer mudança no padrão de trabalho corrente. Insistiu-se nos dois primeiros anos de mandato no projeto Veterinário Mirim de muito pouco alcance e a Secretaria de Meio Ambiente, responsável pelo diálogo, sustentação e implantação de uma boa política de educação ambiental humanitária falhou em não demonstrar crença na efetividade da mudança de valores éticos e de bom convívio.
Em realidade, o prometido durante a campanha eleitoral de se efetuar investimento em campanhas publicitárias, de incremento da educação em guarda responsável e de mudança de cultura não aconteceu.


4- Fiscalização dos maus tratos aos animais e do comércio de animais no Município:

Malgrado os esforços da Rede de Proteção Animal em atender a demanda estabelecida não se institucionalizou uma equipe de fiscalização a maus tratos aos animais no âmbito da Secretaria de Meio Ambiente do Município em razão do pequeno contingente de funcionários, da falta de autonomia administrativa – a Rede de Proteção Animal de Curitiba ainda é um programa e não um departamento dentro do organograma da SMMA – e à falta de orçamento próprio. A estrutura ainda precária prejudica a eficiência no atendimento.

Em suma muito ainda há para avançar. A gestão que ora finda teve o mérito de abrir o diálogo com o movimento dos direitos animais, que teve que ir às ruas e demandar a população em abaixo-assinados para pressionar a execução de suas demandas.

5- CRAR: Centro de Atendimento a Animais em Situação de Risco:

Em fase de finalização de obras e sem data de implantação, o CRAR tão esperado pelos protetores e socorristas de animais da Cidade ainda é aguardado.
Enquanto isto as organizações, movimentos e protetores independentes de animais, bem como cidadão comprometidos com a ética da vida se vêm na contingência de socorrer os animais, sem poder contar com os serviços públicos.
Esta gestão municipal tem o mérito de alimentar o sonho de que em um futuro próximo possamos dar um atendimento mais efetivo aos animais.

6- Cães Comunitários:

Esta é uma política em revisão pela atual gestão. Hoje são poucos os animais que permanecem em logradouros públicos e quase inexistentes aqueles que realmente se pode chamar de cães comunitários, com compromissos assumidos pelos seus guardadores responsáveis.
Segundo o que informa a Rede de Proteção Animal, quase todos os animais ou já faleceram, ou foram adotados pela população de humanos.
Precisamos efetivamente rever e reavaliar esta política, que deve ser cumprida, haja a vista lei estadual que a prevê, como forma de prevenir o abandono e os maus tratos a animais.

7- Criação do Banco de Rações:

Através de cadastro e “protetores” a Rede de Proteção Animal de Curitiba forneceu ração para cães e gatos gratuitamente, obtida através de doações feitas por empresas. Uma boa iniciativa que compõe um quadro assistencialista.

8- Eventos de adoção, registro e microchipagem:

Boa iniciativa do Município que deve ser um dos tripés mais importantes, pois não se pode programar um Centro de resgate e atendimento de animais sem esta porta de saída.
O registro e a mircrochipagem só terão valor efetivo dentro da política de responsabilidade com a previsão legal e orçamento próprio para sua execução.

9- Fauna silvestre:

Sem ações preventivas. 



10- Ações integradas com os Municípios da Região Metropolitana:

Não há qualquer notícia neste sentido.

11- Conselho Municipal de Proteção aos Animais:

Ativo, porém inoperante e pouco reconhecido e valorizado pelos que atuam na proteção aos animais e pelos cidadãos.

12- Orçamento para as políticas públicas:

A atual gestão municipal optou por não propor a criação do Fundo Municipal de Proteção aos Animais, considerando mais efetiva a utilização dos Fundo Municipal do Meio Ambiente. Temos que reavaliar.
Os recursos já destinados no orçamento não se efetivaram.

13- Aquisição de castramóvel!!!

Ainda não em funcionamento, porém adquirido. Será de grande auxílio no incremento da política de esterilização de animais, na educação à comunidade onde o castramóvel estiver. Que seja o primeiro de uma série!
A proposta é esterilizar 500 animais ao mês !!!!
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/castramovel-proprio-de-curitiba-deve-esterilizar-ate-500-caes-e-gatos-por-mes-cjr4tb8n45bcz3tejjbs0s3hc




A população e Curitiba tem feito muito pelo seus animais.
 Tem feito bem, tem feito mal!

Animais para adoção responsável


Faz bem quando adota animais com responsabilidade!
Faz bem quem não compra animais!
Faz bem quem não abandona!
Faz bem quando acolhe, esteriliza, dá atendimento veterinário e coloca para adoção.
Faz bem quando ajuda e colabora com as organizações e movimento de proteção animal.
Faz bem quem aciona os serviços públicos, denuncia, reivindica!
Faz bem quando oferece trabalho voluntário para educar as pessoas para valores de respeito à vida!
Faz bem quando evita alimentar-se de produtos de origem animal, invertendo a lógica da exploração e projetando uma nova sociedade, mais justa e compassiva.
Faz bem quando planta árvores e delas cuida para que possamos todos entrar em harmonia uns com os outros.
Faz bem quando não polui ou evita o gasto desnecessário de água, permitindo a saúde para todos os seres, inclusive os viventes na água.
Faz bem quando busca formas alternativas de mobilidade, evitando a poluição do ar, o confronto diário por espaços urbanos e o contato tão prazeroso com nossos companheiros de planeta.
Faz bem quando não instrumentaliza seus animais para procriação ou para alimentar a sua vaidade e seus desejo de posse.
Faz bem quando mantém livres os pássaros.
Faz bem quando acredita e participa dos coletivos, lhes dá força, comprometimento, atua de maneira firme e permanente, de forma crítica e construtiva.
Faz bem quem vive em harmonia, age com serenidade, respeita as diferenças, busca o tratamento igualitário e humanitário.

Nesta lista enorme do “FAZ BEM” cabe muita coisa.
A do “FAZ MAL”, deixamos para a consciência de cada um.




O movimento pela defesa dos animais de Curitiba e Região que tem no FDDA Curitiba e Região sua representação mais legítima defende algumas Propostas.
Devemos todos conhecê-las para cobrar de nossos representantes eleitos e para construir coletivamente uma sociedade mais justa e compassiva.

A Cidade é um espaço de vida que para ser sustentável precisa do comprometimento de todos e a garantia dos direitos de todos. E quando falamos todos, incluímos os animais não humanos. 
Vem junto !!!!


Feliz 2017 para todos!





PROPOSTA PARA UMA PLATAFORMA MÍNIMA DE DEFESA DOS DIREITOS DOS ANIMAIS DE CURITIBA

Eleições Municipais 2016

As entidades e movimentos de defesa dos animais de Curitiba apresentam sua plataforma mínima para a defesa e proteção aos animais, propondo políticas públicas efetivas de forma a evitar abandonos, crueldades, maus-tratos, doenças, acidentes, mordeduras, descontrole populacional, o desrespeito, a falta de orçamentos e de estrutura administrativa e enfim, para que possamos nos transformar numa sociedade que prima pelo respeito aos animais e que atenda todos os princípios humanitários, éticos, morais e de promoção de saúde pública, com eficiência e bom uso do dinheiro público.

Assim, propomos:

1-      Implantar uma Política Pública de controle ético de populações de animais urbanos, através da elaboração de programas e projetos em caráter permanentes, massivos, gratuitos, e continuados de castração, por meio de esterilização cirúrgica, prioritariamente, de cães e gatos.

2-      Implantar, de forma efetiva, uma Política Pública de Educação para o respeito à vida de todos os seres, incluindo a Guarda Responsável de Animais, o consumo ético e práticas sustentáveis, o fomento à substituição do uso de animais em atividades didáticas e pesquisas científicas, tanto no âmbito da educação formal, como inserido em todos os níveis e possibilidades educativas da sociedade.

3-      Criar meios para educar a população sobre as consequências para o meio ambiente, para os animais e para a saúde das pessoas, da alimentação baseada em produtos de origem animal; ações concretas como a disponibilização de refeições vegetarianas (100% vegetais) em restaurantes populares.

4-      Criar Política para os Animais Comunitários, propiciando o fortalecimento do convívio equilibrado e respeitoso, com base no princípio da tolerância entre os seres humanos e os animais.

5-      Tornar obrigatório, por meio de legislação, o registro geral de animais, para estimular a responsabilidade e propiciar o levantamento da população de cães, gatos e cavalos nas áreas urbanas.

6-      Fortalecer a fiscalização do comércio e ação inclemente sobre criadouros clandestinos de animais (no território do Município de Curitiba a criação comercial de animais é proibida).

7-      Estimular a adoção responsável, de forma a evitar o abandono, o crescimento populacional desordenado, o tráfico de animais e desestimular a adoção de animais exóticos.

8-      Proibir o comércio de cães e gatos não castrados.

9-      Criar Clinicas/Hospitais Veterinários Municipais para o atendimento gratuito aos animais da população e locais específicos para recuperação de animais doentes ou em pós-operatório, em preparação para adoção

10-  Construir e implementar o Centro de Atendimento a Animais em Situação de Risco –. CRAR, com a finalidade de atender os animais em situação de risco (incluem-se nessa categoria os animais vítimas de abandono e resgatados pela Prefeitura de Curitiba ou encaminhados pela proteção animal, conforme pactos que se estabelecerem).

11-  Fiscalizar, de forma rigorosa, o disposto na Lei 16.101, de 06 de maio de 2009, que “Veda, no Estado do Paraná, a prestação de serviços de vigilância por cães de guarda com fins lucrativos no âmbito do Estado do Paraná.”

12-  Contratar mais servidores para atuar, de forma eficaz e precisa, na fiscalização do cumprimento às legislações vigentes de proteção e defesa dos animais, pois estas possuem caráter educativo, preventivo e punitivo. Além disso, promover a aquisição de veículos e demais instrumentos para a execução dessas tarefas.

13-  Tornar o Município de Curitiba “território não-eutanásico”, com o fim de se fazerem cessar, de vez, as mortes de animais resgatados pelo Centro de Controle de Zoonoses e Vetores, buscando alternativas éticas para a manutenção da vida dos cães considerados não-socializáveis ou não passíveis de adoção pela Comunidade.

14-  Proibir os fogos de artifícios para prevenir o sofrimento causados aos animais que podem levar até à sua morte.

15-  Garantir orçamento para o desenvolvimento das políticas, bem como manter os direitos dos animais já garantidos por legislação no Município de Curitiba.

16-  Melhorar o acesso para a população às informações relativas às políticas planejadas e adotadas referente à Rede de Defesa e Proteção Animal, através de um portal de informações atualizadas e precisas, e criar vias diretas para denúncias e pedidos de urgência.

17-  Autorizar, por meio legal, o transporte municipal e intermunicipal de animais domésticos.

18-  Deixar de manter animais confinados para entretenimento e visitação, transformando o Zoológico de Curitiba em Santuário de Animais e paulatinamente deixar de manter animais em cativeiro no Passeio Público de Curitiba.

19-  Adotar medidas de preservação de espécies nativas, silvestres, sinantrópicas e exóticas, pautadas na recusa ao extermínio, privilegiando-se o manejo adequado dos espécimes. Adotar medidas, programas e ações que protejam os biomas naturais, habitat das inúmeras espécies da nossa fauna nativa, evitando o corte de árvores que acolham e sirvam de alimentos a aves, pequenos roedores, entre outros. Incentivar a preservação de áreas verdes através do fortalecimento das reservas naturais particulares; implantação de corredores de biodiversidade no Município ligando os diversos parques municipais e as reservas particulares e incentivo à adoção dos mesmos princípios na Região Metropolitana de Curitiba.  E por fim, adotar meios de proteção de todos os corpos hídricos (nascentes, rios, lagos, lagoas, etc.) e promover a recuperação dos mesmos.
  
20-  Integrar as políticas de proteção e defesa dos animais por meio de ações conjuntas com os municípios da Região Metropolitana de Curitiba.


Assinam o presente documento:

Amigos dos Animais
Associação Arca de Noé de Proteção Animal
Associação Beneficente Salva Bicho Curitiba
Associação do Amigo Animal
AVAN – Associação Vida Animal
Beco da Esperança
Coletivo Patinhas Pinhais
ECOFORÇA Ambientalista
Instituto de Proteção Animal e de Exercício de Cidadania – IPAEC
Movimento SOSBICHO de Proteção Animal
Quatro Patas Grupo de Proteção Animal
Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba – SPAC

E Ativistas Independentes

Com o Apoio:

Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal – FNPDA
Instituto Abolicionista Animal - IAA
Instituto Técnico de Educação e Controle Animal – ITEC
Sociedade Vegetariana Brasileira
World Animal Protection Brasil

  

O Fórum de Defesa dos Direitos dos Animais de Curitiba e Região está aberto para diálogos com os candidatos.